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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Empoeirado


Por que é tão facil assim
E tão difícil pra mim
Me envolver, me encontrar
Me esconder, te desvendar


Prefiro me esconder atrás de antigas páginas
Do que me envolver, é tão difícil
Prefiro evitar sofrer e derramar lágrimas
A me perder em jogos de amor que tornam-se vício.


Eu volto correndo, pra antiga rua
Digo frases sinceras, nem tão românticas
Olho para o céu, uivando pra lua
Esqueço de você, te busco em minha samântica


É empírico esse amor?
Surgiu como mera obra do acaso?
É analítico ou como for?
Encontrando motivo em experimento básico?


Por que é tão fácil aprender
E difícil me envolver?
Eu quero me esconder
E ir pra onde ninguém mais possa me ver
Só você saberá me encontrar
Em antigos contos de fadas
Mas nunca quererá
Permanecerei como lembranças de vidas passadas.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Nada contra aqueles

Nada contra aqueles
Que não gostam de discussões políticas
Que preferem discutir o bom futebol
Que não tem visões críticas
Que veem Deus ao olhar para o sol


Nada contra aqueles
Que não gostam de Gláuber Rocha ou Godard
Que preferem os filmes da sessão da tarde
Que querem diversão usando um abadá
Que veem nossos rumos e não entram em alarde


Tudo contra aqueles
Que querem impor discussões políticas
Que desejam banir o velho futebol
Que se trancam nos muros de sua visão crítica
Que querem impor a astrofísica aos que olham o sol


Tudo contra aqueles
Que se alienam em Gláuber Rocha ou Godard
Que se sentem melhores do que os que veem sessão da tarde
Que acham que existe apenas a perversão ao usar um abadá
Que veem nossos rumos e querem impor o alarde


Tudo a favor daqueles
Que respeitam a multiculturalidade humana
Que aceitam as várias formas de diferença
Que não se apegam à bipolaridade mundana
Que tem o dom de duvidar da sua própria crença

domingo, 30 de outubro de 2011

Escrevendo (1)

O tempo médio que eu levo para escrever algo gira em torno de 15 minutos. Não sou o tipo que trabalha em cada rima (o time que faz sucesso). Prefiro versos tortos e toscos, erros de ortografia, poesia sem métrica e rimas sem sentido.

Minha escrita serve apenas para colocar meus sentimentos para fora, exteriorizar aquelas coisas incompreensíveis contidas na minha mente: minhas emoções. Algumas vezes eu não compreendo minha própria poesia, assim como não compreendo meus sentimentos.

Histórias e incertezas

Fecho meus olhos para ver o mundo com mais clareza
Busco me encontrar e conhecer minha verdadeira natureza
Enquanto perco minha mente dentro do seu sorriso
Na sua beleza
Deixo as coisas que preciso deixar para traz
Deixo as minhas bagagens sobre a mesa
Esqueço aquilo que necessito esquecer
Fazendo tudo para me preparar pelo futuro que me espreita
Perco-me em cada vestígio seu, em cada olhar, em cada careta
Encontro-me perdido na minha arrogância desenfreada
Busco o futuro distante, diante dos meus olhos
Mas encontro apenas vidas passadas
Desespero-me com a desesperança esperada
Confundo-me com cada palavra
Leio o mundo na palma das minhas mãos
Elas me dizem o que eu tenho que esperar

Então por que eu não esperava você?
Então qual foi a força que te atraiu e deixou-lhe tão próxima?
Busco respostas incompreensíveis, impossíveis de compreender
Respostas deixadas pela maré que já se foi
Ela não parecem ter importância, mas ganham minha atenção
Talvez seja apenas mais uma história passageira
Daquelas histórias contadas em capítulos de 20 minutos
Ou talvez histórias que não podem ser medidas pelo tempo
Apenas singela e verdadeira
Apenas esquecidas ao sabor do vento
Histórias ques duram toda uma vida e estão presas em cada olhar
Coisas escondidas na surdina, surpresas que ninguém pode esperar

Fecho os olhos e sinto lábios tocando os meus
Apenas mais uma história, lembrança de algo que já aconteceu
Memórias guardadas nos meus lábios
Que anseiam veemente por uma sequência
Mais um filme, mais um capítulo, mais um volume, mais uma vida, mais de você
Nada parece fazer sentido a partir do momento em que o sentido é encontrado
A minha história é escrita em pequenos recados que ninguém ousa escrever
Escritos em minha carne, no fundo da minha alma
Lembrando-me de tudo que necessito lembrar
Busco refúgio na desesperança para encontrar minha calma
Busco coisas que nenhum outro se atreveria a buscar
E eu quero encontrar
Busco nos seus olhos a mesma certeza que permeia o meu olhar
Para buscar você, colocá-la em meu altar
Contido em minha alma, onde me ajoelho a orar
Não oro à um deus, apenas ao acaso, à quem eu ouso pedir
Um pouco mais de você, para que aquele sorriso doce e singelo, contido em mim
Possa enfim encontrar o caminho de volta e na minha face se estampar

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Mentemchoque

Muita coisa pra falar
E ninguém pra me ouvir
Na escuridão as noites parecem vazias
E meu anseio por meu sangue cresce
De um abismo estou a cair
Minha mente perde-se em confusas orgias
E minha sede por nada rejuvesnece


Eu não sei quem sou
Nem faço idéia das minhas motivações
Não conheço as razões pelas quais permaneço em pé
Olho pra infinitude e vejo o nada me desafiando
Pulo do mesmo abismo, esqueço decepções
Sou um homem despreparado, sedento por fé
Continuo caindo, continuo seguindo, continuo andando


Pulsos cortados e no meu travesseiro o sangue escorrendo
As noites em claro tendo pesadelos, fugindo de mim
Tudo sem sentido, não tenho amigos, não vejo meu fim
Sou nada, Sou tudo, meu próprio veneno.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Empty

Estou cansado
Minhas asas não me fazem mais voar
Amedrontado
Sem saber o que pode estar a me esperar

Garota

Garota, eu queria te contar um segredo.
Gostaria de contar os meus medos
Mas talvez sejam grandes demais pra você


Garota, eu queria olhar nos seus olhos
E pedir que ouça com muita atenção
Aquilo que eu tenho a dizer


Talvez eu seja um cara vazio
Talvez apenas fale inutilidades vagamente
Com esperança de que você possa me entender


Garota, eu não sei o quanto aguentarei esse fardo
Prendo-me então nas palavras do bardo
Duvide de tudo, mas não do meu amor


Garota, desde que percebi o que eu sinto
Desde que olhei pra dentro da minha alma e te vi
Eu percebi que o mundo, anda mais cheio de cor


Talvez eu esteja enganado, errado
Talvez esteja certo e precise apenas de ti
Você pode ser o Analgésico que irá aliviar minha dor


Garota, talvez eu perdi muito tempo
Posso até ter deixado passar o momento
Em que poderia me expressar, dizer e falar


Garota, Te peço: "Não esqueça de mim..."
Se me despeço, se lembre que não é o fim
Estarei eternamente, no fundo do seu olhar


Mas se, por ventura, ficar por aqui
Talvez por ter ou não ter aonde ir
Lembre-se: Meu amor apenas quer aceitação, sem necessidade de recompensar

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Eu cansei

Eu cansei de diversão
Eu cansei de ilusão
Eu cansei de distrair
Eu cansei de me iludir


Agora eu volto para aqui
Pra onde nada faz sentido
Eu cansei de me dizerem
O que é que eu tenho que fazer


Eu cansei dos seus conselhos
Que você mesmo não segue
Eu cansei desse dogmas
Decidi: Não vou viver
Pela mente de ninguém


Me cansei de insistir
Eu me cansei de te ouvir
Me dizendo pra dizendo pra esperar
Que a amizade vai bastar


Cansei da politicagem
De toda essa sacanagem
Que nos fazem aceitar.
Eu vou jogar tudo pro ar.


Eu me cansei de ser alguém
E de nunca ter ninguém.
O mundo vai me escutar
Quando eu decidir gritar


Eu me cansei da solidão
Da amizade sem afeição
Apenas por puro interesse
No fundo do seu egoísmo


Me cansei das mentiras
E de verdades pela metade
Me cansei de imposições
Anseio por um pouco de Sinceridade


Me cansei de viver
Não sei o que é viver
Eu cansei de esperar
A coisa toda melhorar


Eu cansei de sentir medo
Eu cansei de dormir cedo
Eu cansei da falsa coragem
Eu cansei de sentir medo

Apenas Útil

Eu sou útil pra você
E nada mais. O que fazer?
Pra tirar você de mim
E levar tudo para o fim


Desde que eu te conheci
Percebi no seu sorriso
Que não tinha nada mais
O que fazer, se me apaixonei
E quando começou a falar
Percebi seu jeito decidida e inteligente
E decidi inteligentemente
Me afastar
Pra não me magoar


Mas é estranho o coração
Não respeita só os fatos
Há algo muito mais profundo
Sentimentos são um saco


Mas eu sou apenas útil pra você
E nada mais. O que fazer?
Pra tirar você de mim
E levar tudo para o fim


Como vou me proteger
Desse seu jeitinho doce
Que arremata o coração.
Pelo sim ou pelo não
tento me manter distante,
Ficar longe de você,
mas não consigo. O que fazer?
Pra trazer você pra mim
Te mostrar: "Não é o fim"
Mas apenas o começo
De uma história, que eu não sei
Se vai ter final feliz
Mas não importa
Só quero estar perto de ti
E fazer você sorrir


Mas eu sou apenas útil pra você
E nada mais. O que fazer?
Pra trazer você pra mim
E te mostrar pra que é que eu vim...

sábado, 1 de outubro de 2011

Desde que te conheci

Desde que te conheci
Tudo perdeu o sentido
Tudo permanece igual
Desde que te conheci
Eu me sinto renascido
Perdido entre bem e mal


Desde que te conheci
As dúvidas habitam minha mente
Duvido de tudo que disseram
Desde que te conheci
A certeza tornou-se inexistente
Certezas que aqui jamais estiveram


Desde que te conheci
Tornei tudo contraditório
Virei um imaterialista ambicioso
Desde que te conheci
Sou como um defunto assistindo seu velório
Mas não nego, que foi algo maravilhoso


Desde que te conheci
Esqueci de tudo que sou, era ou serei
Esqueci de todo o meu plano
Desde que te conheci
Percebi que nada é como eu vejo, vi ou verei
Percebi que eu te amo

sábado, 24 de setembro de 2011

Voo da Fenix

Voando alto, então
Voando sem razão
Voando só pra tirar, os seus pés do chão


Voando pro horizonte
Pra longe, tão distante
Voando e ficando sem ar, momento sufocante


Voando sem coração
Voando como um avião
Voando pra qualquer lugar, onde tenha solidão


Voando e seguindo adiante
Voando e aproveitando cada instante
Voando como uma fenix, fazendo um razante


Voando sem combustão
Voando como se fosse um dragão
Sentindo medo, se atirando no olho do furacão


Voando sem viajante
Esquece de tudo que existiu antes
Voando como se fosse criação de Servantes


Voando na imaginação
Respirando sem pulmão
Voando apenas guiado por sua pura emoção

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Interrogações

Quem eu sou?
Por que existo?
Eu creio em tantas coisas
Dúvido de tudo que acredito


Quem eu sou?
Pra onde eu vou?
Eu tenho tantas certezas
Mas toda certeza causa dúvida


Aonde eu estou?
Quem esta aqui?
Eu sou tão cheio de confiança
Confiança que é medo, me faz cair


Quem eu sou?
Quem eu serei?
Minha esperança me mantém em pé
Desesperança que diz que eu nada sei


Quem eu sou?
Quem em fui?
A vida que me trás alegria
A mesma vida que me deixa e flui


Quem em sou?
Triste ou contente?
Tenho tantas dúvidas pendentes
Tenho tantas respostas inexistentes


Meu peido dói
Minha mente se corrói
Tudo não passa de mistério
Eletricidade perdida em um cemitério

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O último dia de nossas vidas

Hoje é o último dia de nossas vidas
Por que não ficar perto de mim,
E deixar eu te mostrar o que eu posso ser?
Hoje é o fim de toda história conhecida
Tudo está desabando em volta de mim
Mas tudo é muito mais poético do que eu posso ver.
Lá no fundo meu ser eu sei que sei
Que tudo o que eu fiz durante o tudo, fez sentido
Mesmo as coisas que não encontraram sentido nenhum
Elas me fizeram ser aquilo que eu sou
Então, delas, eu jamais poderei  me arrepender
Anjos estão a voar em volta de mim
E, mesmo assim, eu ainda não consigo crer
Eu não sei se o fogo ou a brisa me esperam
Eu tento fechar os olhos e abrir os braços
Espero aquilo tudo que estiver por vir
Eu desfaço todos os nós e destruo todos os laços
Esqueço do meu corpo sem saber voar ou cair


Hoje é o último dia de todos os dias
Nada mais importa além daquilo que eu posso enchergar
E eu prevejo nós dois até o fim do mundo
Até o fim desse minuto, contando os segundos a passar
Não esqueceremos de tudo o que aconteceu
De tudo que foi perfeito na imperfeição
Vamos comemorar o último dia do ano
O último dia do século, do milênio
Vamos erguer nossos copos e brindar às nossas vidas
No momento em que elas menos importam
Vamos brindar em louvor de todas as pessoas esquecidas
À todos os momentos que jamais voltam
Vamos brindar ao último dia de tudo que é conhecido
Apenas o desconhecido, agora, nos espera
Vamos esperar o trem que já havia partido
Vamos comemorar o papel de regras feitas que se incinera


Vamos viver juntos para sempre ou os próximos segundos
Vamos viver o último dia de nossas vidas
Esqueceremos de frases prontas, esqueceremos do mundo
Iremos contemplar nossas feridas
Iremos sorrir até o fim do tempo inexistente
Vamos fazer coro ao grito dos contentes
Vamos aproveitar o presente, que acabou de passar
E iremos viver o último dia de toda história
Vamos apagar nosso amor na memória
Vamos viver o infinésimo de segundo, chamado presente
Esquecer tudo que ficou pra trás ou está à frente.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Às Vezes

Às vezes fazendo Amor
Outras fazendo sexo
Às vezes tocando o terror
Num filme, sem nenhum nexo

Às vezes bandido
Às vezes fudido
Às vezes suícido
Outras só distraído

Às vezes real
Às vezes mentindo
Às vezes do mal
E outras sorrindo

Às vezes com atenção
Às vezes só distração
Às vezes de coração
E outras chorando perdão

Às vezes tão verdadeiro
Com um sorriso sincero
Mentindo pro mundo inteiro
Às vezes eu te espero

Às vezes chorar
Às vezes sem ar
Às vezes tentar
Tentar amar

Às vezes fazendo amor
Às vezes fazendo amor com você
Às vezes sem nenhum pudor
Mostrando-te o que é o amor

Letra G

Estava tudo tão fácil antes de você me aparecer
Agora parece-me que tudo anda complicado demais
E creio eu, que ficaria pior ainda sem você.
Mas meu egoísmo deve ser esquecido, deixado para trás
Faça aquilo que achar certo, aquilo que você  achar que deve fazer
Não achei que o inferno seria tão doce, antes de conhecê-la
Agora que experimentei, não há nada mais que eu queira provar
Ando distraído pela rua, esperando o mundo chegar a seu final
Esperando o momento banal, em que tudo irá se acabar
Os meus dias cada vez mais parecem tristes e infinitos
Não passam e, quando passam, passam bem devagar
O mundo embaixo d'água parece mais belo e bonito
Eu o vejo tão sublime, quando deixo de soluçar
Um terrível desespero assola o fundo do meu peito
Bate à porta, me atormenta, insiste em entrar
Eu penso comigo mesmo e não enchergo nenhum jeito
Não vejo nenhuma maneira de te alcançar
Apenas tento perceber o que é que eu sinto
Encontro mil hipóteses e não consigo falar
E no terror em que encontra-se meus olhos
Eu percebo que não há maneiras de me entregar
Por isso aceito seu sorriso, mesmo feito por outro cara
Como sendo o bastante pra me confortar.

domingo, 4 de setembro de 2011

Imortalidade

Eu quero viver pra sempre
E morrer jovem
Quero ser a tradução do meu presente
E das condições que o movem


Eu persigo a imortalidade
Não física ou da alma
Ambas cheias de debilidade,
Mas sim na mente que não se acalma


Quando mais dúvido do mundo
Mais percebo a inexistência da verdade
Quanto mais a busco em tudo
Mas percebo a inexistência da sua necessidade


Mas eu almejo a imortalidade
Talvez por motivos desconhecidos
Talvez apenas por vaidade
Apenas não quero ser mais um dos esquecidos


Espero viver na mente dos que duvidarão
Nas minhas palavras que serão lidas
Naqueles que desconhecem meu coração
Naquele que não deixará minha mente esquecida


Eu quero apenas viver eternamente
Enquanto dura meu curto tempo de vida
Espero jamais soar inteligente
Que eu seja apenas um ponto de partida


Creio que minha realidade jamais me entenderá
Que não viverei o bastante para ser compreendido
Mas que a imortalidade, minha idéia encontrará
Espero que esse poema, jamais fique perdido


Duvidem até mesmo de duvidar
Duvidem de si mesmo em cada ato
Assim minha idéia viverá
Mesmo que em anonimato


E eu irei ganhar tudo que desejei
Mesmo morto, terei vencido a mortalidade
Mesmo que todos desconheçam, eu viverei
E contentarei minha frívula vaidade

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Meu Horcruxe


Eu sei que preciso de você
Mas preciso aprender
A ficar sozinho
Esperar o dia amanhecer


Eu te pedi demais
E fiquei pra trás
Fiquei de mãos atadas
Não posso fazer nada mais


Os dias passam
Eles parecem anos
E cada vez que passam
Me lembram dos meus planos


De ficar pela eternidade ao seu lado
De abandonar idéias prontas e velhos ditados
Mas fiquei pra trás e pareço fadado
À envelhecer chato e solitário


Por vezes a morte pode parecer
O caminho certo pra liberdade e felicidade
Mas permaneço em pé, amparado no que há dentro de mim
Esperança tola, frívola vontade


Demorei demais pra amadurecer
E amadurecer é um verbo tão vago
Continuo sem saber o que fazer
Na minha inexistência, procuro um afago

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Pleonamos entre loucura e paixão

Singela homenagem em memória ao velho Jazz-Rock


Eu cansei de política
Cansei do que passa na TV
Agora passo a minha vida
Só olhando pra você


Seus olhos revelam muito mais
Do que velhos livros de história
Sua presença me extasia mais que alcool
Que destrói minha memória


Mas tenho o dever de te avisar
Que agora nenhuma distância é segura
Eu estarei em cada respiração sua
Apenas aceite isso sem frescura
Você pode fingir que nada disso acontece
Ou simplesmente aceitar minha loucura


Apenas afirmo que a culpa não foi minha
Foi você que mexeu com meu coração
Depósito em você toda culpa
Por eu estar aos seus pés, rastejando no chão


Não me pergunte sobre amor ou paixão
São definições, pra mim, desconhecidas
Mesmo desconhecendo, acabei por me apaixonar
Por alguém sublime como um anjo
Com um olhar tão profundo quando o universo
E não tenho medo de te idealizar
Como os antigos romancistas faziam
Talvez te coloque em um pedestal inalcansável
Nesse caso, nunca é tarde pra aprender a voar

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Canção da loucura

Você já pensou que você pode não ser nada,
Que você pode não existir,
Que a única realidade é o vazio,
Que o sol pode ser frio?

Você já pensou que tudo existe,
E que era o centro de tudo,
E que nada mais importava,
Que o tempo não passava?

Você, alguma vez, se perguntou
Se não é tudo uma ilusão,
Se algo realmente faz sentido,
Se o anjo realmente está caído?

Você já parou e pensou
Se sua vida existiu,
Se não foi tudo uma ilusão?
Qual é a sensação?

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O Direito Prévio (Ou direito legislativo prévio)

Trago-lhes duas situações, uma delas será de conhecimento histórico, mas a outra talvez precise que você utilize um pouco da sua imaginação, caso não exista um conhecimento básico das teorias quânticas da física.

Imagine que você está na década de 1920 ou 1930. Em algum lugar um teórico físico, começa a abordar um material de alta radiação e que pode de alguma maneira, destruir corpos em nível subatômico. Então um jurista, ligado a relações internacionais, decide abordar a probabilidade de existir tal material de alta radiação. Logo ele inicia discussões com seus colegas do direito internacional e fórmula uma lei internacional proibindo a utilização de qualquer armamento desse tipo em funções militares ou de segurança, antes mesmo dela ser criada. Obviamente, este jurista não existiu ou, se existiu, nunca teve o seu pensamento refletido com seriedade pela humanidade. Em 1945 tal material foi utilizado para a construção de uma bomba, que dizimou, quase que completamente, a população de duas cidades japonesas, Hiroshima e Nagasaki. Os sobreviventes foram afetados pela radiação e sofreram com doenças decorrentes de tal exposição. Foi um dos maiores massacres da humanidade. O número de mortes no bombardeio foi de aproximadamente 260 mil pessoas, mas, caso contabilizemos o número de mortes decorrentes à exposição à radiação, esses números podem aumentar drasticamente.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Variações sobre uma mesma Língua

É difícil discursar sobre uma língua ser ou não falada corretamente. Vejo muitos teóricos na televisão discursando sobre a forma de falar corretamente, sendo que todas as formas de falar podem ser encaradas como corretas e, sendo encaradas assim, também podem ser encaradas como incorretas.


Mas esse preconceito é comum em todos os lugares. Alguns tentam argumentar que o português correto é aquele falado em Portugal, mas como podem falar algo assim, descartando o português falado no Brasil ou na Angola. E, ainda olhando esses países, certamente podemos encarar o fato de que, nem mesmo dentro deles, o português falado é idêntico. No Brasil vemos isso de forma bem clara, temos o português gaúcho, o português mineiro, o português paulista, entre outros. E, até mesmo dentro destes estados, percebemos que o português sofre uma variação. Não conheço profundamente Portugal, mas acredito que seja a mesma coisa. Não acredito que o português de Lisboa, seja o mesmo português falado numa cidade do interior do país. Na angola, penso eu, que seja a mesma coisa.


Até mesmo se nos concentrarmos em olhar duas pessoas, talvez dois irmãos, que cresceram juntas, veremos uma variação, mesmo que pequena, entre o português falado entre eles.


Com esse fato, torna-se irracional o preconceito que ocorre contra pessoas que não falam o português falado "corretamente", pois é impensável crer que nós possamos escolher entra 300 milhões de variações da mesma língua, uma que seja taxada como a correta. É simplesmente impensável exigir que todos sigam um mesmo caminho linguístico. Cada pessoa tem um modo de falar diferente, uma forma única e individual de se expressar. E como taxaremos a correta?


Mesmo na literatura fica difícil encontrar uma forma completamente correta de escrita. Até tentamos criar uma uniformidade na forma escrita, que simplesmente é inútil. Nada contra elas, realmente creio que são necessárias para uma melhor compreensão duradoura deste tema. Mas as línguas apresentam um processo evolutivo veloz. Hoje vejo pessoas que não admitem a escrita de “vc” ou “cê” no lugar de “você” em um texto, mas se lembrarmos de que décadas atrás a escrita de “você” no lugar de “vossa mercê” não era admitida, não podemos afirmar, com ampla certeza, que as grafias “vc” ou “cê” não podem ser admitidas em um futuro próximo.


Por isso, não creio que possamos taxar certas grafias como incorretas, apenas como inadmissíveis em certo contexto espaço-temporal. Tudo depende do local onde esta grafia está sendo empregada e quando ela está sendo empregada. A grafia  empregada em um processo judiciário é diferente da grafia utilizada em um livro de ficção, que é diferente da grafia utilizada em uma rede social virtual. 

Mas a grafia de uma rede social virtual poderia seguir a grafia utilizada em um processo judiciário, caso o emissor (quem envia) e o receptor (quem recebe) estejam aptos e dispostos a utilizar esta grafia;  enquanto que a grafia utilizada em um processo judiciário não poderia seguir a grafia utilizada apenas em uma rede social virtual.


Isso mostra apenas que, no momento, a rede social virtual pode admitir ambas formas de grafia, enquanto que o tribunal, aonde circula o processo judicial, a apenas pode admitir a forma de grafia empregada em um processo judicial. Mas isso não infere que em algum tempo e espaço, o tribunal não possa admitir, ao menos parte, da grafia que hoje é utilizada em uma rede social virtual.


Alguns podem discordar, pois a grafia “vc” diferiria da forma de falar “você”, por exemplo. Mas ao observarmos outras línguas percebemos que isso já vem acontecendo, o Inglês, por exemplo, segue padrões linguísticos de fala diferentes dos padrões linguísticos de escrita. Vemos muitas sílabas diferentes que produzem o mesmo som e muitos sons que, escritos, possuem padrões silábicos variáveis. Podemos ver as palavras Little e Catle, por exemplo. Onde “ttle” e o “tle” teriam uma dicção idêntica no português, mas em inglês apresentam dicção diferente, “Lirou” e “Quéssou” respectivamente, aproximando do português falado.


Por isso, creio que não seja absolutamente possível que, em algum tempo, possamos ver a grafia “vc” empregada em um texto oficial.


Com isso chego a duas conclusões. Primeiramente, não existe nenhuma forma de falar correta ou incorreta, tudo depende da capacidade do emissor e do receptor da mensagem em conseguirem compreender tal mensagem, com a variação de código empregada. E, também, não existe uma forma de escrever correta, apenas uma forma de escrever admitida em um tempo-espaço que pode sofrer variações.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Me ame e me esqueça

Me ame e depois me esqueça
Me tire completamente da sua cabeça
Me faça gozar
Me faça rezar
Me faça te amar
E depois me esqueça

Não lembre dos meus olhos
Te olhando distante
Se esqueça de tudo que eu disse pra você
De cada instante

Leve tudo o que eu juntei
Leve minha vida com você
Não se lembre que eu já te amei
Se esforce pra esquecer

Pois agora me ame e depois me esqueça
Dê um tiro e arrebente a minha cabeça
Me faça sangrar
Me faça chorar
Me faça te amar
E depois desapareça

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Receita para acabar com a depressão

A 7 horas ele acorda
E se lembra como tudo é foda
Vai logo tomar um café
Bota o tênis no seu pé


Quando olha no espelho
Sente nojo de quem é
Quando anda pela rua
Olha pra toda mulher
Que retribui com arrogância
Pra'quele cara feio e sem dinheiro
E se esquece em sua ganância
Que o mundo é apenas um puteiro


Vai chegando meio-dia
E a fome começa a apertar
E ele conta suas moedas
Pra saber se vai sobrar pro jantar


Quando olha no espelho
Sente nojo de quem é
Quando anda pela rua
Olha pra toda mulher
Que  olha sem nenhuma ternura
Ele perde sua doçura
E se perde na loucura
Que o leva pr'onde ele não quer


A tardinha vai chegando
E ele tá com tanto frio
A depressão então se acaba
Com a cabeça no meio fio


Quando olha no espelho
Sente pena de quem é
Quando anda pela rua
Não olha o carro dando marcha-ré
Que acerta seu trazeiro
Cai de cara no bueiro
E finalmente a tristeza acabou
A depressão passou.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

We are the Word!

We are the Word!
We are the Power Point.
We are the Word, we are the Excel and we are Publisher!

I use Microsoft Office
But I know, Apple is so better
Mom did not give me money and I'm jail in this forever

But, one day, I just know
I will have a Apple Iphone
And never more I will use Microsoft Windows

But while this day don't come
I continue with Microsoft in my home
And while I use Office, I will continue singing

We are the Word!
We are the Power Point.
We are the Word, we are the excel and we are publisher!



PS¹: Embalos de uma noite com muito sono.
PS²: Alguém afim de gravar?

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Ideia

Eu tive uma idéia, que me fugiu da mente
Tá por aí... saiu voando
Eu tive um sonho onde toda gente
Vivia em paz... se perdoando
Eu vi a nossa história de trás pra frente
Era tão linda. Te amava tanto

Ideias que estão apenas na nossa cabeça
E as vezes somem sem a gente perceber
Ideias que mudaram o mundo, nunca se esqueça
Que ficam por aí depois que a gente morrer


Aquino, Aristóteles, Augusto Comte
Sócrates, Montesquieu, Ptolomeu
Marx, Engel, Platão, Xenofonte
Todos se foram, mas a ideia não morreu

Adler, Hobbes, Aristóteles
Gandhi, Luther King, Galileu
Platão, Voltaire, Eratóstenes
Eles se foram, mas a ideia sobreviveu

(Odeio o fato de ideia não ser mais idéia - perdeu o acento - pois TODA HORA eu erro ¬¬)

sábado, 25 de junho de 2011

Pelo que você mataria?


Já se fizeram uma pergunta do tipo hoje? Creio que sim, mas a grande maioria dirá que não. Ideias do tipo: “Eu nunca mataria ninguém” ou “Apenas Deus tem o poder sobre a vida e a morte”. Escuto muito essa frase, principalmente em dois assuntos polêmicos até agora: Pesquisas de células-tronco embrionárias e pena de morte.

A maioria esmagadora se prenderia a ideais como os descritos acima, pois são as verdades que prevalecem na sociedade contemporânea. Mas existe uma frase antiga, que a pouco tempo foi revivida pelo jogo virtual Assassins Creed - Brotherhood: “Nada é verdade, tudo é permitido.” É simples comprová-la. Existe alguém que tem todas as opiniões iguais às suas e que vê razão em todos os seus pensamentos? A menos que você se chame Felipe Neto, eu acho que não. Sempre existirá um pontinho aonde sua mente é divergente das demais e as demais divergentes da sua. Ao mesmo tempo, podemos ver nossas próprias ideias sendo modificadas durante o tempo. As vezes o meu “Eu” de hoje pode descordar do meu “Eu” de ontem, o que cria uma das coisas mais belas da humanidade, chamada contradição.

Mas, tendo isto em mente, podemos elucidar, então, que, como nada é uma verdade, tudo seria permitido, até mesmo tirar a vida de alguém. Com isso, iremos passar uma parte primordial da convivência humana, chamada conflito. Algo que é causado por essas ideias divergentes.

Talvez a minha pergunta inicial cause um conflito de ideias. Alguns aceitam matar por isso, outro por aquilo e outros não aceitam matar, por vários motivos. Seria prepotente e ingênuo crer que sua própria ideia sobre isso é a correta. Isso apenas daria a oportunidade para que seu(s) adversário(s) neste conflito possa(m) aceitar a mesma coisa sobre suas próprias ideias.

Falando francamente agora, eu não vejo saída para esse conflito humano de ideias. O que é certo e o que é errado? Muitos dizem sobre aceitação de ideias alheias, mas como ficar passivo perante atos que vão contra tudo que você acredita (no momento)? Bem, nós fazemos isso constantemente para viver em sociedade. Simplesmente amputamos nossa crença para viver em outra inaceitável para nós. Mas outro caso, que tem várias conexões com a minha pergunta inicial, nos leva à outra esfera de ideais. Poderíamos levar nossos ideais reais, enquanto fingimos simplesmente aceitar os ideais impostos pelo poder da sociedade que nos governa, assim como o personagem Dexter Morgan faz nos livros e na série Dexter? E, ainda mais importante, até onde podemos culpa-lo realmente por seus atos?
Dexter Morgan é um personagem criado pelo autor Jeff Lindsey. Dexter tem uma doença mental, causada pelo trauma de ver sua mãe assassinada. Doença a qual o faz não se sentir vivo, não ter emoções e não compreender emoções alheias. O único momento em que ele sente-se vivo é quando ele mata, de preferência, outros humanos iguais a ele, utilizando-se de um alto grau de sadismo. Ele utiliza essa doença para capturar e matar criminosos, que tenham matado outras pessoas inocentes e que não tenham sido punidos pelo frágil sistema de justiça dos humanos “normais”.

Ele simplesmente faz algo que os humanos fizeram ao longo dos últimos 10 mil anos, pelo menos. Utiliza a morte como justiça. Passando pela idade das pedras, idade antiga, idade medieval, idade moderna e, até mesmo, idade contemporânea. A morte ainda é tratada como justiça nos dias de hoje, até mesmo por aqueles que creem na “Santidade da Vida”, pois, creio eu, podemos perceber que várias pessoas que creem na “santidade da vida”, algumas vezes comemoram o fim forçado de certa vida. Foi assim com Adolf Hitler e foi assim com Osama Bin Laden. Essas foram vidas tiradas e, tais mortes, foram amplamente aceitas e apoiadas pelo mundo.

Então, pelo que você mataria?

PS: O nome da porra do blog (que ninguém lê mesmo) é "Poesias e Pensamentos" e to cansado de exercer apenas a parte poesias :P - Relaxa, estou apenas falando(escrevendo) para mim mesmo, já que ninguém vai ler mesmo xD

terça-feira, 14 de junho de 2011

Uma pitada de melancolia

Desde a minha infância
Eu sempre tentei ser o melhor que podia
Sempre esperando algo em troca
Mas nunca nada de bom acontecia
E a angustia foi tornando-se mais forte
Enquanto passava-se cada dia

Eu sempre tentei ser o melhor
E tudo que recebia em troca era ser insignificante
E eu nunca fui muito bom em fugir
De tudo aquilo que me trazia aquela dor sufocante
E a angustia foi tornando-se mais forte
Enquanto meus olhos viam os dias passando adiante

As brasas que tomaram meu peito
Transformaram meu coração em cinzas
E meus olhos em chamas viam o tempo passar
Enquando tornavam-se simplesmente ranzinzas

E hoje estou aqui, simplesmente assim
Perdido, tentando encontrar um motivo, um caminho
A solidão me deixou mais forte, enquanto me enfraquece
E eu fiquei aturdido, em busca de um pouco de carinho

Eu tentei ignorá-las
Mas as vozes continuam a gritar
E não há nada que possa pará-las
Na sua doce atividade de me amedrontar
Peço socorro e busco ajuda
Ninguém escuta, enquanto elas continuam a me rebaixar
Eu grito seu nome, mas você não escuta
Não sei até quando eu poderei aguentar

domingo, 29 de maio de 2011

Soldados civis

Nos deram armas pra lutar
Nos deram inimigos pra combater
Mas esqueceram de nos dar
Sonhos ou esperanças pra viver


Somos soldados civis
Treinados na arte do rancor
Somos soldados civis
Livres de compaixão ou de amor


Enquanto marchamos pelo campo de batalha
Iludidos pelo ódio cego que nos une
Vejo crianças se cortando com navalhas
Assassinos, que viram heróis e ficam impunes


Eles nos treinaram muito bem,
Mas nunca importaram-se em dizer pra quê?
Eles nos olharam com desdém
E por eles estamos prontos pra morrer


Somos soldados civis
Guiados pelo ódio e opressão
Somos soldados civis
Treinados pra não ter emoção
Somos soldados civis
Livres de culpa ou indagação
Somos soldados civis
Livres de amor ou de compaixão

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A Forja

Feito um copo de vidro estilhaçado no chão
Feito os pedaços em que você transformou meu coração
Feito os meus erros cometidos, que não tem explicação
Feito as minhas mentiras, que não merecem seu perdão
Forjado no olho do furacão
Enquanto escorrem as lavas do vulcão
Cravado no meu peito à mais pura destruição
Meu ódio incontrolado gera angustia e solidão
Feito de momentos lindos que escapam à imaginação
Feito de sorrisos de uma criança numa bela tarde de verão
Feitos de rabiscos tortos num papel que virariam um avião
Feito da bela flor que te entreguei ao te dar meu coração
Forjado em puro prazer e sensação
Enquanto solidificam-se as lavas do vulcão
Cravado no meu peito à mais pura emoção
Meu amor incontrolado gera paz e satisfação


Na dualidade contida em minha oração
Numa guerra de lados opostos da mesma nação
Na mesma criação
Ou evolução

Tudo bem

Tudo bem
Tudo está tranquilo nessa noite
A madrugada me consome
Enquanto penso em te encontrar
Só pra talvez te avisar
Que a vida é tão mais bela quando a gente ama


Tudo bem
Foi quem invadiu o meu pensamento
Nessas noites em que a insônia me convence
Que dormir é para os fracos
Mas os olhos dizem o contrário


Tudo bem
Minha memória repassa aquele momento
Quando o sentimento enfrenta a razão, mas não vence
Tento ser forte e conter minha tristezar
Muitos me chamam de otário


Eu estou bem
Era o que queria te dizer
Mesmo que seja a mentira mais impura
A gente nunca sabe o quanto algo dura
Talvez seja melhor esquecer

terça-feira, 17 de maio de 2011

Oi?

Oi, tudo bem?
Qual é seu nome?
Daonde você é?
Se apresente e me ame


Você curte rock'n roll?
Brinca com a vida?
Ou faz seu show?
Qual sua música preferida?
Alguma coisa importante que lembrou?


Oi, aonde você está indo?
Posso te acompanhar em seu caminho?
Por que você está sempre sorrindo?
Você precisa de carinho?


Você gosta de comida italiana?
Se interessa em desvendar os segredos do mundo?
Alguma chance de eu te levar pra cama?
Existe a possibilidade de você me conhecer a fundo?
Como você se chama?

quarta-feira, 23 de março de 2011

Diversão

As pessoas costumam não entender, quando eu tiro sarro de mim mesmo. Me acham babaca, idiota, etc. Pensam que eu não tenho respeito próprio, auto-estima ou algo do tipo. Claro que não são todas, apenas algumas. Penso que nós andamos levando a vida a sério demais, levamos imagens a sério demais, etc. Quando tiram sarro de algum defeito meu, geralmente sentem vergonha. Eu rio e dou o troco na mesma moeda. Não por vingança, mas por diversão. Acho que falta um pouco disso para o mundo: diversão. Do que adianta você mudar toda estrutura geo-social do planeta e não der nenhum sorriso real no meio do caminho. O que adianta você descobrir a cura para o câncer, AIDS ou da maldade no coração humano, se você não expressou o mínimo de alegria no meio do caminho. Se você foi carrancudo o tempo inteiro. Seja lá o que seja diversão para você. Seja ir pra balada no sábado a noite, beber todas e "pegar" mais de cinco em uma noite, transar loucamente a noite inteira, ir passear com quem você ama, passar a noite inteira despreocupado jogando vídeo-game. Contanto que seja real, e não apenas umas satisfação socialmente induzida, é a melhor coisa do mundo.

Temos que nos levar menos a sério, tirar mais sarro de nós mesmos. Cantar ou gritar, sozinhos ou acompanhados, vestidos ou pelados. Esqueceram até o significado de sarcasmo, acham que tudo é sério hoje em dia. Confundem sarcasmo com polêmica, talvez por que isso dê mais audiência, ou apenas por que são inúteis. A vida já é difícil demais normalmente. Se for levada completamente a sério, fica mais difícil ainda. Fica depressiva. Não tenho ideia sobre quando vou morrer, mas espero que não morra magoado. Morra rindo de algo, ou tendo um sono tranquilo. Se não for possível, espero que apenas morra em paz, sem mágoas. Depois eu não vou levar nada daqui mesmo. Não creio em pós-vida, sou ateu, então tento aproveitar ao máximo. E não creio que, por ser religioso, você também não possa. Basta levar a diversão e a paz espiritual contigo.

Desafie a masculinidade do seu melhor amigo sem preconceito. Aquele "viado". Mas continue sendo amigo dele, mesmo se ele chegar a dormir com outros homens ou curta um menáge ruim. Não alce fronteiras pro seu pensamento. Aceite a verdade e desafie a realidade. Seja feliz, sonhador, desbravador e sorridente. Mesmo que doente. 39ºC de febre não são tão ruim assim, quando você vê alguém saudável, mas com a cara fechada e cheia de sofrimento.

Defenda a total liberdade de expressão, aprenda e faça piadas com as críticas, se importe menos com a imagem negativa delas, pois quem realmente importa para você, não vai dar a mínima para isso, sendo elas reais ou não. Claro que isso depende, se as críticas forem reais e demonstrarem que você é um estuprador, acho que eles até tem o direito de se importar, mas coisas menores, do tipo arrogante, despretencioso, mentiroso, etc, não abalaram a confiança de uma relação verdadeira, de amizade ou amor. Viva a liberdade de expressão, fale mal de quem você queira falar, aceite que falem mal de você. Divirta-se com tudo.

Pois, afinal, é tudo o que nos resta!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Até onde é errado?

Eles mentiram pra nós
Nos deram medo em forma paz
Eles não se importam com nada
Nos tratam como animais
Ódia vira diversão
Inocência não existe mais
Somos todos culpados da transgressão
Somos todos como os nossos pais


Mas então quem é que diz
O que devemos ou não fazer?
Quem é que me faz feliz?
Me mostra a vida como deve ser
Sonhando com tudo que sempre quis
Nos olhos da minha juventude, vejo apenas o que quero ver


E até onde isso é errado?
Quem configura o que é e o que não é pecado?


Vagueia atrás de um pedaço mofado de pão
As lágrimas nos olhos pedem seu perdão
A sua indiferença mostra ingratidão
E o desespero que você nunca passou
Destrói a liberdade do libertador


No desespero, a fuga é tudo que nos resta
Enquanto muitos choram, poucos vivem em festa
Correndo pelas ruas do arpoador
Na marginal pinheiros, sentindo o odor
E um doce sorriso de um fugitivo
Vagando pelas ruas na escuridão
Numa lágrima que lembra seu olhar altivo
E vaga pela noite, rezando por perdão


E até onde isso é errado?
Quem configura o que é e o que não é pecado?

sábado, 19 de março de 2011

Adiante

Não peça pra voltar no tempo
E desfazer as malas, que acabei de fechar
Não me fale: "vamos dar um tempo"
Pois se for, não é pra voltar


Esqueço razões
Esqueço tudo nesse instante
Só tenho olhos pro futuro adiante
E tudo que você queria ouvir
Não passam de mentiras
Por isso eu vou ir


Até aonde meus pés descalços
possam, um dia ou outro, me levar
Esqueço de tudo, memórias deixo aqui
Pra onde eu vou, não posso as carregar


E o frio que  toca a minha mente
Que congela o meu sorriso descontente
Estamos todos aqui presentes
Tentando alcançar o céu


Mas o céu é distante
Tão distante quanto o futuro adiante
Que não posso enchergar
E nem quero enchergar
Só quero chegar!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Pureza

Eu chego aqui, com mais do que belas palavras
Chego aqui com o sorriso estampado no olhar
No olhar que chora sem parar
E mesmo assim sorri de felicidade
Chego aqui com muito mais do que vontade
Com determinação em detrimento da coragem
Chego aqui cheio de medo, cheio de saudade
Chego na chuva, após longa estiagem
Abrindo meu peito sem nenhum medo, cheio de medo
Cheio de loucura vazia e extinta de racionalidade
Chego tarde, um pouco cedo
Na ilusão fria e distante da realidade
Chego com o peito aberto, gritando alto
E mesmo na loucura, na lucidez da minha vontade
Na solidez da minha vaidade
Não desço do salto.
Chego aqui, sem nenhuma quantidade de solidez
Chego aqui, sem carregar verdades ou certezas
Sem pensar por um segundo em gravidade ou gravidez
Com meu coração cheio de ódio e de pureza
E lá no fundo ainda carrego a incerteza
Sobre quem sou
Aonde vou
O que estou à buscar
E no papel ainda me atrevo a razurar
Palavras que queria muito te falar
E na vontade de um dia te alcançar
Pois o mais longe que você estiver,
Carregando a tristeza para onde quiser,
Ainda não será o bastante para aliviar a minha dor
Pra me anestesiar ou me aliviar da solidão
Não será o bastante pra aliviar todo o amor
Que habita por ti, em meu solitário coração

Devaneios (eu gosto dessa palavra)

Apague a luz, depois de sair
Preciso da escuridão
Me magoe bastante, antes de fugir
Preciso do meu coração

Pois tudo precisa de algo pra viver melhor
Só o mundo consegue girar
Envolta de si mesmo
Mas a gente não para de tentar

Esqueça o bastante
pra poder dormir
Voe bastante
pra poder cair
A lua distante
Está pra sumir

Na loucura agora escrevo sem pensar
Tudo que vem à minha mente vai parar no papel
Anjos caídos, cairam do céu
Apenas por amar

Loucura, que todo homem um dia cai
Bravura, burrice desconexadamente da nossa gente
Esqueça, Tudo que vai passando
Esqueça, Tudo que já passou
Tudo que passará

Apenas rime sem motivo algum
Apenas olhe pra lugar nenhum
Apenas cante sem motivo algum
Apenas voe pra lugar nenhum
Apenas dance Sem motivo algum

Esqueça o bastante
Pra pode dormir
Voe o bastante
Pra pode cair
Pois sua lembrança distante
Continua a sorrir

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Conversas ao relento

Hey, Você aí, não tenha medo de mim
Eu apenas queria ter um papo com você
Sobre como o mundo anda tão esquisito
E as coisas tão estranhas que passam na TV
Mas quando ELES falam, fica tudo tão bonito
E a gente se esquece de problemas que possamos ter


Hey, você aí, vamos papear
Passar a tarde inteira com a cabeça no ar
Antenados nas mais novas novidades
Que daqui a pouco serão coisas de museu
Papear um pouco sobre a relatividade
Ou como as coisas 'tão difíceis pra você e eu


Venha aqui um pouco, vamos andar no parque
Trocar idéias sobre Hitler ou Joana d'Arc
Vamos dar as mãos um pouco e talvez rezar
Conversar um pouco sobre nossas desilusões
Vamos caminhar sobre as areias do mar
Viver o futuro, sem fazer previsões


Agora,
Tudo anda tão díficil sem você
Vam'bora
Vamos fazer o que tenhamos que fazer
Eu quero você!
Não quero mais nada.
Eu quero você!
Nesta madrugada.
Me dê sua mão
E suba a escada
Esqueça de tudo
Não quero mais nada
Além de um tempo sozinho com você
Apenas conversando coisas nada a ver.
Fazendo aquilo tudo, que tenhamos que fazer.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O meu país

No nosso país a corrupção é legalizada
Garantida em lei, na constituição
Carimbada, chanfrada e assinada.
Lá em Brasilia tá tudo legal
E a gente aqui sem nada

Pra que dar pão?
Pra que dar arroz e feijão?
Se eu posso ir pra Itália
No próximo verão
Se isso não me faz ganhar a eleição...

O meu país é uma ilha maravilhosa
Assim como é contado em poesia e prosa
A nossa política é um mar todo cor-de-rosa
E nossa única preocupação
É saber quem vai sair no paredão

Tá na Suiça ou em Cayman?
Tá nas canárias ou no seu divã
Tenho que confessar
Tudo isso me deixa louco
Já to gritando sozinho
e eu to ficando rouco.

Pois o meu país é um lugar maravilhoso
Aqui roubar é até justo e gostoso
É só esperar Copa do Mundo, BBB ou Carnaval
Ou qualquer assunto banal
Que os jornais tratem com tanta importãncia
Que 10 milhões fiquem na ignorancia!

O meu país é uma ilha maravilhosa
Assim como é contado em poesia e prosa
A nossa política é um mar todo cor-de-rosa
E nossa única preocupação real
É saber quem vai sair com menos roupa no carnaval!

(Inspirada em um tweet do Millor Fernandes: http://twitter.com/#!/millorfernandes/status/30602905174151168)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Minhas flor

Volta pra casa
Não se vá
Não me deixe sozinho
Não bata sua asa
Te quero aqui
Preciso do seu carinho


E agora estou só
Minhas lágrimas não se controlam
Vocês podem até sentir dó
Mas flores sempre desabrocham
E nunca choram


Eu te amei desde a primeira vez que eu te vi
Mesmo sem entender
Agora tenho que aprender
A viver sem você


Mas é duro demais
E as lágrimas caem
Meu terno preto já não serve mais
E as pombas voam em paz


Eu te amei desde a primeira vez
Sem nem saber quem eu era
Não conseguia desgrudar de você
Mas agora tenho que aprender
A te deixar ir embora
E ficar só
E ficar forte
Não tenha dó
Toda a vida traz morte...


As lágrimas insistem em tocar o chão
E sua ida toca meu coração
Volta pra casa
Não me deixe sozinho
Não bata sua asa
Preciso do seu carinho

domingo, 9 de janeiro de 2011

Pra você saber...

Sabe, tudo bem se você disser
Que não precisa mais de mim.
Eu me vou e deixo pra trás
O meu amor...
Juras que fiz.
E tudo o que a gente viveu até aqui.

Sabe, tudo bem se você já não
Me quiser na sua vida.
No final ambos seremos felizes,
Eu posso ver.
Mesmo se não for eu e você.

Sabe, foi muito bom,
Enquanto durou
O nosso amor.
Mas nada e pra sempre
E tudo um dia tem que acabar.
Melhor assim.
Pois se nada tivesse um fim,
Perderia toda a graça
E a razão de existir.

Mas saiba, que pra sempre,
Você estará
Na minha memória
E saiba, que um dia um de nós
Contará
A nossa história
E não lembrará
Por que acabou.
Pois isso, não é o que importa
E sim o que a gente viveu
E aprendeu.

E por isso agora eu te deixo aqui
Com esperança
De que dias melhores virão.
E viverei bem, apenas
Com a lembrança
Da nossa paixão...

Meus heróis (e um pouco de polêmica!)

Os meus heróis, viraram evangélicos
É a fé, passando por cima da razão
Agora já isso é ruim ou bom? Não sei não
Só sei que vou gritar e continuar
Na minha vida estranha e esquisita
Viver não é a coisa mais bonita
Mas é o que nós temos pra oferecer

Ficou pra trás, mas agora eu sigo em frente
No horizonte, vejo um mundo diferente
Pois os meus olhos mudaram, de repente
E vejo tanta gente,
Só se fudendo
Enquanto você vai vendo.

Pois peça a Deus pra ajudar,
Mas ele não vai escutar
Pois para alguém nos ouvir
Precisa existir.
Somos marionetes
Controlados por ventríloquos da nossa imaginação
Agora eu grito com o poder da minha razão
Irracional e perturbada, mas é tudo que tenho.

E não me venha me dizer, que eu não deveria escrever algo assim
Que é discriminatório, ou injusto ou preconceito
Pois sabemos que você faz a mesma coisa de outro jeito.
E se você pode, por que eu não?
Se você me faz um vilão, por que eu não posso te fazer também.
Não tenho ódio, nem repúdio
Apenas quero utilizar a minha liberdade de expressão.
De poder dizer o que eu quiser, mesmo que depois eu possa me arrepender
A culpa é minha e não é sua, então não venha me falar
O que eu posso ou não dizer.

Os meus heróis, viraram evangélicos
Trocaram toda a revolta por tudo que há de errado
Por palavras de conforto e fingem que nada aconteceu
Todas as lutas que passaram são apenas lembranças esquecidas
O seu ideal morreu.

Os meus heróis esqueceram de tudo que há de mal
E desistiram de lutar.
Abdicaram de todos seus poderes,
Por palavras de conforto, que pudessem aliviar
Toda a dor e angustia que sentiam, mas esquecem que o mundo
É muito mais do que eles mesmos, é muito maior.