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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Ser simples




Não quero estar só
Na noite fria
Em agonia
Quero algo melhor
Mais que verdade
Felicidade

Sentir o vento no rosto
Um pouco de amor
Sem dor
Sentir o seu gosto
Um beijo quente
Ao sol poente

Quero sentir seu calor
Perto de mim
Até o fim
Não dar espaço ao temor
Apenas quero sorrir
E sentir

Dê uma chance para nós
Farei você feliz
Sempre quis
Vamos ficar um tempo a sós
Esquecer do mundo
Por um segundo

E viver
E dizer
O que precisava ser dito
E abraçar
E amar
Sentir o prazer do infinito

domingo, 16 de setembro de 2012

Apenas uma carta






Já faz um tempo que queria te escrever
Colocar meus sentimentos em letras rabiscadas
Pra começar, há muita coisa que eu preciso te dizer
Viver é uma coisa um tanto arriscada
Viver é amar e tenho que contar que gostei tanto de você
Mas as vezes ela nos coloca em uma cilada
Eu sei o que você sente, não precisa me falar. Vou entender
A nossa hora não chegou e eu cheguei em hora errada
E nessa hora tão difícil, será difícil de me ver
Deixarei meus rastros, se quiser siga minha pegada

Elas estarão desenhadas, deformadas no chão
E se algo mudar, eu sei que você irá me encontrar
Se elas se apagarem, use sua imaginação
Sua mente sempre será capaz de saber aonde irei estar
Siga o rastro disforme deixado pelo meu coração
Mas agora terei que ir, para provavelmente não voltar
Eu sei que tudo o que a gente passou ou não, não foi em vão
Foram coisas que nos fizeram crescer, desenvolver, melhorar
Mesmo me mandando, mantenho esperanças. Sei que é muita pretensão
Espero o dia em tu possas finalmente me enxergar

Por isso eu deixo essa carta, "please" não fique preocupada
Eu estarei melhor ainda perto de ti, com a mente em outro lugar
Me aproximarei de ti, sempre que estiveres assustada
Eu irei pra longe, mas também irei para sempre ficar
Próximo de ti como uma sombra a te observar, ali parada
E um dia olharemos nos nossos olhos e saberemos com exatidão
O que fizemos? O que não? E o que poderíamos fazer?
E riremos de tudo isso, ao relembrar essa paixão
Talvez um beijo ou desculpas. O que tiver que acontecer
Olharemos novamente para o alto, observando a amplidão

Sorrindo, olhando, sorrindo
Sentindo, voando, sentindo
Olhando para a imensidão
Voando com os pés no chão
E relendo essa carta que um dia escrevi
Apenas para não deixar ninguém esquecer de ti
Você não será esquecida, minha querida
Eu termino por aqui...

sábado, 15 de setembro de 2012

Triste, mas não fico mal



Estou triste, mas não fico mal por isso
As vezes seguir em frente é preciso
Viver é nosso único compromisso
Algumas coisas são como o siso

Mas não você, mas não você
É tão necessária, mas não posso
Preciso esquecer, esquecer
Esquecer o conto que nunca foi nosso

E eu fico triste, mas não peça perdão
Está além de você e eu
Não é a primeira vez para o meu coração
Ele sempre sobreviveu

Quando te esquecer, não esqueça que lhe amei
Coisas belas não devem ser esquecidas
Essa foi a coisa mais bela que eu lhe dei
Não esqueça dos bons momentos, querida

Estou triste, mas sinto tranquilidade
Não posso dizer que isso me deixa feliz
Nem que não sentirei saudade
Mas respeito e aceito o que você quis

Guardarei o que você me deu
Cada um dos belos presentes
Nem sei se tu sabe o que agora é meu
Agora é seguir em frente

Tão triste, mas não fico mal por isso
Amar é nosso único compromisso

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Arqueologia




Abrace-me e aguarde nossa morte
Nossos esqueletos serão encontrados um dia
Reacendendo, após turbulências,
Toda a esperança no amor, na alegria

E jovens apaixonados nos descobrirão
Em tempos de descrenças e horror
Nossas paixão despertará algo belo
Toda a esperança na Alegria, no amor

Ame-me enquanto puder e quando não puder
E levaremos esse sentimento além do possível
Nossa união atravessará eras inimagináveis
Nossos corpos se tornarão uma obra indivisível

E despertarão a esperança no coração de um garoto triste
De que ele pode viver algo parecido ao que vivemos
Que ele possa olhar profundamente nos olhos de alguém
E, como nós, dizer as duas mesmas palavras que um dia dissemos

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Caos




Um dia me disseram que tudo faria um sentido
Eu era pequeno estúpido e nem imaginava
Que tudo na verdade é o caos

Um dia eu acreditei esquecer tudo o que havia sentido
Que meu destino era guiado por uma criança que brincava
Mas tudo na verdade era o caos

A confusão de lágrimas
O turbilhão incompreensível de sorrisos
As inconstantes lástimas
Os pensamentos imprecisos

Apenas uma conjunção do caos
Do caos imprevisível
Da desordem imaculada
De sentimento invisível

Mas um dia me disseram que tudo ficaria bem
Estúpido e inconsequente, eu não acreditei
Mas da desordem tudo sai, inclusive a alegria
A confusão é a rainha, agora eu sei

A dúvida é o preço da pureza
Um tanto de caos servido a mesa
E é inútil ter certeza
Liberte-me da minha clareza

Um dia me disseram histórias sobre o bem e o mal
Mas pergunto-me constantemente quem eles são?
A vida não se divide em dois pólos, nem de um ponto central
Tão confusa quanto a tormenta do furacão

E tudo se resume ao caos
Tire meu mundo da rota de gravidade
Beije-me e confunda sua mente
Lhe mostrarei o mundo de esperança e bondade
Lhe mostrarei um mundo triste e doente
Lhe contarei toda a verdade
Em meio ao caos, beije-me
Em meio a confusão, deseje-me

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Tão chato



As folhas estão tão pesadas hoje, não acha?
A maré continua tão baixa
Anacrônico, incorreto e um tanto abstrato
Tudo parece tão chato

Águas paradas antecedem o grande tsunami
Só um outro exame (vexame)
O triste palhaço com seu sorriso ingrato
Tudo parece tão chato

Ou sou eu?
Ou sou você?
Ou somos nós?
Quem vai saber?
Sem você...

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Destinado para mim?



O que estará destinado para mim?
As páginas amareladas de livros históricos?
As páginas policiais de um jornal qualquer?
Ou uma citação breve na necrologia, numa nota de rodapé?

O que estará destinado para mim?
Fortuna, fama e tudo que um egoísta desejaria?
Uma vida tranquila ao lado de uma bela mulher?
Ou a solidão amarga, livre de qualquer fé?

Eu caminhei e sonhei tanto
Eu voei por mundos inimagináveis
Agora o cume da montanha cai lentamente
Fico apenas com as memórias insuportáveis

O que estará destinado para mim?
O sorriso belo e alegre como o de uma criança?
Lágrimas que caíram da minha face lentamente?
Ou o simples silêncio incompreendido entorpecente?

O que está destinado para mim?
A realização de sonhos que eu tinha quando criança?
O abandono completo de qualquer tipo de inocência?
Ou a amargura eterna da minha própria abstinência?