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domingo, 28 de outubro de 2012

AQUI ESTOU EU



Eu poderia estar resolvendo os problemas do mundo,
Eu poderia estar implementando a teoria da relatividade,
Mas aqui estou eu
Morrendo de saudade...

Eu poderia estar fazendo uma crítica à razão pura,
Eu poderia estar refutando os pensamentos de Sartre,
Mas aqui estou eu
Pensando em você...

Eu poderia estar trilhando o caminho para a paz,
Eu poderia resolver as injustiças do nosso mundo,
Mas aqui estou meu
Com você a cada segundo...

Eu poderia estar salvando milhares de vidas,
Eu poderia ter o universo me admirando,
Mas aqui estou eu
Te desejando

Eu poderia ter terminado algum dos meus livros,
Eu poderia estar escrevendo minhas própria filosofia,
Mas aqui estou eu
Te escrevendo uma poesia

Eu poderia estar lendo o Satyagraha ou o Bhagavad-Gitā
Eu poderia estar me aprofundando na lógica de Platão
Mas aqui estou eu
Na minha/tua ilusão

Eu poderia não estar fazendo absolutamente nada
Eu poderia estar repousando ao seu lado,
Mas arrependido estou eu
Por não ter lhe contado

É tarde


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Assinado "Mim"




Depois de tudo, depois dessa correnteza
Eu aprendi que é preciso seguir em frente
Eu sei...
Depois de todas as dúvidas e sua única certeza
Não consegui me conter, me sentir tão diferente
Não sei...
Sei que não somos responsáveis pelo nosso coração
Mas não consigo desistir, vou mudar sua decisão
Irei...

Pois na primeira vez que te vi, senti algo, assim, imenso
Jamais havia experimentado algo assim tão, tão intenso
Eu não sei se isso será bom, ou se poderá dar certo
Mas não consigo pensar nisso, apenas em te ter por perto

Eu te peço: me perdoa, me desculpa por não te respeitar
Eu sei que você preferiria me ter apenas de outro jeito
Mas é algo que simplesmente não dá pra controlar
Quando há algo se contorcendo, a ponto de explodir seu peito
E te deixa sem ar, faltou ar...

Me despeço e te digo: Te espero em algum ponto do meu caminho
Enquanto eu sigo sozinho e aguardo o seu coração virar meu vizinho
Talves seja, utopia, um sonho louco de um pobre desvairado,
que pode passar, que ficou atordoado
Com o seu olhar, com "eu não sei o quê"
Vamos ver...

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O Rugido do pequeno leão



E eles riem,riem sempre
Riem como idiotas
E eu tento seguir em frente
Superar minhas derrotas

Mas eu nasci um derrotado
"Pai, por favor me ame"
Não passo de um fracassado
Aos olhos daquele homem

Muitos veem minha baixeza
Coitado desses muitos
Apenas eu vejo minha grandeza
Sem mim, estariam destruídos
Tudo teria ruído

A água em chamas
O fogo verde se levanta
Sem tempo para dramas
O trovador não mais canta

Tudo é apenas horror
O silêncio, A sangria
O aço e a dor
Vazio de qualquer alegria
Após tudo, aguardo o explendor
Mas tenho apenas a realidade fria
Tudo o que temo é o amor
Quem me amaria?

Ela talvez pudesse?
Me entrego aos poucos
Talvez ela se interesse
No fundo somos apenas loucos

Mas a traição sempre aparece
Jamais serei feliz
Meu coração se enegrece
Ninguém liga para o que fiz

O desejo de sangue me cega
Minha alma grita "faça tudo o que anseie"
E a realidade não se nega
Pai, por favor me odeie

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Troféu na estante




Seu lindo sorriso
Seu jeito alegre e confuso de ser
Sua capacidade de gerar felicidade
Sua falta de vaidade

Conquistaram-me
Destroçaram-me
Mas hoje não sobra mais paixão
Apenas carinho e preocupação

Você podia tudo
Seu futuro é infinito
Pode ser tão bonito

Mas o que você se tornou?
Apenas um troféu em uma estante
Que hoje é bem cuidada
Mas em breve estará empoeirada

Apenas uma peça de exibição
Algo que não importa ter coração
Seu brilho apaga-se aos poucos
Você se torna comum
Ou terá sido eu?
Apenas a passagem do apogeu