Subscribe:

Pages

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Rapsódia Sórdida

A vida não é tão boa assim
Quanto a gente esperava
O que sobrou de mim
São apenas cacos por onde eu andava
Mas nunca foi o fim e nunca foi o fim
Que a platéia aguardava

Histórias contada
Pra criança dormir
Mentira inventada
Pra quem quiser ouvir
E uma nova piada
Que não me faz rir

Olho pro horizonte
E vejo o sol nascendo
A vida é tão deslumbrante,
Quando acaba morrendo.
Lembra-se daquele instante,
Que acabamos esquecendo?

A aurora nova que chegou
Cordialmente, se apresentou
Rispidamente, me lembrou
Que o inferno que aquele homem falava
Agora é apenas Eu!
E todo sonho que eu sonhava
Simplesmente desapareceu
Morreu

E agora quem sou eu?
Perdido nessa rua escura
No lado sombrio da vida
Eu caio e ninguém me segura
Mas pra ter sombra tem que ter luz
E nessa dança ninguém me conduz
Danço, sorrindo, iluminado pela luz da lua
Enquanto minha sombra chora pela rua

O fogo arde tão intensamente,
Mas logo se vai
E fica para trás.
O meu sorriso parece tão contente
Mas a máscara cai
E tudo se desfaz

Apaque a luz após sair do quarto
E divida os lucros dessa assalto
Vá embora pra nunca mais voltar
E me deixe descançar
Ou chorar, ou morrer, ou matar, esquecer
Ou andar, ou te ver, ou parar, ou até viver