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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A Little Less Conversation



Filmes a assistir
pratos a preparar
sorrisos a proporcionar
Faço planos e promessas em excesso

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Infantil



Eu te gosto tanto de você
Que meus olhos ficam aguados
Que meu coração chega a doer
Que meus sentimentos ficam pesados

Somos Humanidade



Enquanto os ventos do tempo continuarem sibilando
A vida permanecerá
Enquanto houverem grãos de areia no deserto
A esperança existirá

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Experimental



Nesses dias tenho descoberto novos sentimentos
Até hoje adormecidos, inexplorados
Alguns, provavelmente, jamais nomeados
Mas que guiam meu caminho pelos momentos

Alguns se parecem com felicidade, mas não o são
Parecem maiores e mais imponentes
Alguns fazem com que eu me sinta impotente
Uma mescla de desespero e solidão

Outro... Ah, esse outro! É o mais percebido
Na maior parte do tempo parece-se com o amor
Desabrocha dentro do meu peito, como uma flor.
Mas é muito mais. Mais belo. Mais divertido.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Placebo



Verdades absolutas são como placebos
Remédios falsos, para fugir de sua própria mediocridade
Para levar p'ra longe aqueles velhos medos
Para tentar controlar nossa sociedade

Isso é tão hipócrita. 'Cê Acredita mesmo?
Que palavras de mil anos são mais importantes que o livre pensar?
E você cospe suas verdades a esmo
Sem se preocupar com quem vai machucar

Andando por aí, carregando tua velha cruz
Balbuciando intolerância e hipocrisia
Tentando me mostrar o caminho da luz
Vendendo promessa de felicidade como mercadoria

Meus ouvidos não são surdos ao que você diz,
Ao contrário do que você sempre cisma
Mas as suas crenças, não são minha motriz
O meu conhecimento, foi a minha crisma
E pode acreditar, é o que me faz feliz

PPGS



Nos mantemos vivos pela razão
Vivemos pela emoção
Morremos pela solidão

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Revolução Online



Tratamos monstros como heróis
Acreditamos em falsas histórias
Somos apenas pobres coitados
Açoitados, mentes sem memórias

O Assassino foi santificado
Virou herói e é sempre lembrado
O Criminoso foi martirizado
E agora tem o seu próprio feriado

História escrita pelos vencedores,
Agora (falsos) heróis do alvorecer
Que contaram suas mentiras deslavadas
E forçaram-lhe a ser mais um a crer

Plantaram falsas versões em nossa mente
Fizeram-nos crer no que lhes era conveniente
Mas chegou a hora de juntar a nossa gente
E escrever a real história do presente

Não vos deixeis cair em novas mentiras
Não creiam mais na velha rede de bobagens
Leremos mais e seremos curiosos
Não nos renderemos às velhas miragens

Vida Real



A criança dorme tão bela e inocente
Repleta de mistérios e segredos
Ela ainda não foi engolida pela vida
Ainda não conheceu as dores e os medos

Todos nós já fomos sonhadores um dia
Por vezes insistimos em ser
E somos... Esmagados, triturados
Viramos reféns do desejo pelo prazer

Somos almas tão fracas, pobres coitados
Vivemos na ilusão sobres liberdades
Mas apenas somos livres pois nos é permitido
Caímos sob o controle de outras vontades

Tudo não passa de um jogo de poder
Somos meros bonecos manipulados
Mas, por um instante, olho para você
E já não me sinto acorrentado

Sinto-me livre, sinto-me a voar
Uma fagulha de esperança me domina
Irradia minha vida a partir de tua imagem
Rompe o silêncio da dor, rompe a neblina
Destrói toda mentira
Livra-me da minha velha ira

Brincando



Eu desnudei sua alma e desvendei seu olhar
Eu revelei seus segredos e agora sei seu pensar

Mas não sinta medo, é besteira
Sua insegurança é bobeira

Tu dominastes meu coração e agora podes confiar
Abri-me à essa paixão e ao prazer de lhe amar

Talvez sejas apenas fogueira
Apenas uma brincadeira

Mas não sinto medo, parece que estou a sonhar
Talvez seja ainda cedo, ficarei a esperar

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Marte



Quando parte o próximo fretado
Em direção ao planeta vermelho?
Preciso fugir, estou desesperado
Não há mais tempo pra conselho

Vamos fugir em direção ao infinito
Seremos apenas nós, você e eu
Seremos Deuses, um par benedito
Dividindo a imensidão do breu

Então me dê as mãos, menina
Segure bem forte e vamos voar
Vamos juntos cruzar a neblina
Desvendar mistérios além do olhar

Vamos correr, preciso fugir
Já não há mais lugar por aqui
Para conter nossos espíritos impetuosos
Vamos em direção a destinos grandiosos


Fantasma



O Espectro continua a me perseguir
Olho para trás a me inquerir
Quisera eu evitar aquele mal,
Esquecer que tudo fora real

As memórias não se afastam
Não me deixam respirar
Os pesadelos se alastram
Apenas são melhores que o despertar

O fantasma continua ali parado
Assombrando-me pelo meu pecado
Não encontro forças para mover meu pé,
Sempre faltou-me um pouco de fé

A lamúria do lamento me consome
A chuva cai levemente, molhando-me
A Abantesma rumina em fome
Minha vida é uma vastidão de "se"


Soneto Para Júlia



Com coração em tempos antigos
Júlia gosta de viver a sonhar
No passado ela busca um abrigo
Moldado em ficções a lhe inspirar

Júlia sonha com realidades escondidas
Além do arco-íris, onde tudo é belo
Júlia vive em imagens esquecidas,
Borradas pelo tempo, com um sorriso singelo

Mas Júlia espera sempre mais e mais
Aguarda o momento de seus sonhos realizar
Encontrar a tranquilidade alcançada jamais

Mas ela é paciente e aprendeu a aguardar
Não se apressa e aguarda os sinais
Para que possa realmente viver, amar

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Baú de brinquedos



A sua distância me dilacera
Me aproximo e a ferida parece fechar
Mas você se vai, como sempre
E percebo aos poucos a ferida aumentar

E eu fico solitário com minha angustia
Pensando em quando irei novamente te encontrar
"Será amanhã?", fico sonhando e pensando
Sem perceber como estais a me tratar

Como um brinquedo trancado em um baú antigo
Apenas utilizado quando sentes entediada
Quisera eu ser nada mais que um amigo
Mas há muito mais, talvez na hora errada

Ésse



Olhos que dominam a mente e o coração
Não consigo descreve-los com exatidão
Castanho-escuro cheio de profundidade
Que parecem desnudar toda a realidade

Os normais veriam apenas olhos castanhos
Mas eu consigo desvendar o mundo em teu olhar
Com a sensibilidade que nos torna estranhos
Olhos cheios de segredos a desvendar

Quisera eu desnudar suas verdades
Conhecer a alma que gera tal maravilha
Quisera eu não ser vítima de tal banalidade
Que afasta-me lentamente desta ilha

Mas contento-me a olhar distante
Longe do risco de ser dominado
Que gera um medo constante.
Fico apenas a mirar admirado

O Portador da Palavra



Somos homens bondosos
Trazemos o mapa da felicidade
Nos nossos olhos idosos
Nos libertamos da vaidade

Somos mais que você
Por isso nos entregue sua alma
E se não satisfazer
Apenas mantenha a calma

Abandone as coisas mundanas
E doe tudo à minha obra
Esqueça as verdades profanas
O conhecimento é uma cobra

Deixe-me fazer uma oração
Que salvará o seu espírito
Custará apenas a sua alimentação
E manterá seu crescimento restrito

Mas jurá, não serás nada demais
Abrace a causa e me dê seus reais
Isso manterá a sua falsa paz
Ou, ao menos, seu pensar incapaz

Ousai




Ousai ser mais do que podem ver
Ousai ser mais do que simples
Ser mais do que você nasceu para ser

Ousai ser o fogo e a fúria
Ousai ser a certeza e a dúvida
Ousai ir além da luxúria

Ousai gritar e chorar
Ousai não ser apenas mais um
Ousai sorrir e calar

Ousai tornar-se a mudança
Ousai viver e sofrer
Ousai ter olhos de criança

Ousai desistir da sanidade
Ousai sei deixar pela loucura
Ousai apreciar a banalidade

Pois é o que a vida é
Uma sucessão de causas banais
Ousai enfrentar a maré

Ousai viver com alegria
Mesmo durante a trágica dor
Ousai aproveitar o seu dia


domingo, 6 de janeiro de 2013

Saudades da lua



Os olhos brilhantes de outrora,
Que um dia ousei comparar com o luar
Estão tão distantes agora
Deixaram-me apenas a lamentar

Os erros de uma tola criança
Que aquele encanto ousaram quebrar
Quebraram a total confiança
Tornaram os olhos algo a lembrar

E agora a desesperança domina
Os olhos que não podem chorar.
A saudade da lua desatina
Num lamuriento e doído pesar

O passado não pode ser refeito
Aquilo feito não se pode mudar
Infelizmente, nada és perfeito
Mas esperança teima a não se apagar

Amando



Amando eu vou amando
Sentindo dentro da pele
O rasgo me dilacerando
O coração palpitando

E eu sigo inquerindo:
O que és o amor que tanto falam?
Aquilo que nos faz viver sorrindo?
Aquilo que sigo sentindo?

Na inaptidão de achar resposta
Eu sigo apenas a sentir
Digo que o amor é uma aposta
Ou, até mesmo digo, que é uma bosta

Mas não existe maneira de escapar
Quando és fisgado, prepare-se
Para as noites de insonia a chorar
Para sentires o coração palpitar

Mas no fim, vale tudo a pena
Quando encontras a real felicidade
Quando num filme de amo, tu tá na cena
Quando a noite torna-se serena
Ao ladinho aconchegante da tua pequena

sábado, 5 de janeiro de 2013

Almas Desgarradas



Eles dizem que somos imorais
Que estamos perdidos
Nos perguntam onde estão nossos pais
Que nos deixaram "fudidos"

Quem são eles?
Tão imponentes para nos julgar
Quem eles são?
Com coisas tão "importantes" à falar

Eles se acham a raiz da moralidade
Guardiões do que é correto
Pensam ter conquistado o poder pela idade
Mas somos a maioria exercendo o poder do veto

Somos almas desgarradas
Somos imundos
Mas somos, acima de tudo
Os verdadeiros donos do mundo

Eu lhes pergunto:
O que é bom, ó meu senhor
Viver pelo ódio
Ou morrer pelo amor?

Eu lhe pergunto o que é melhor
Ao seu pensamento idoso e profundo
O bem por mim mesmo
Ou o mal pelo mundo?

Mundo falso



Na nossa vida tudo vai tão bem
Na nossa vida tudo vai levando
Assim como o vento ventando também

No nosso mundo tudo é muito frágil
Não há motivo pra seguir cantando
A nossa música já virou plágio

E todo o tempo, o tempo vai passando
E no gingado a gente vai dançando
E tortamente a gente vai pairando
No ar, como o pássaro que voa piando

Na nossa vida, tudo é tão falso
Sorriso falso, amores também
Tênis pirada, menino descalço
O verso é simples, mas é feito bem

E nesse balanço a gente corre
Em direção ao que nos espera
Num mundo falso, a gente vive e morre
Apenas aguardando o fim de nossa era