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domingo, 30 de junho de 2013

Past/Present


Estou tão melancólico nesses dias que passam
Insatisfeito com a minha própria insatisfação
Preso à compromissos chatos que se enlaçam
E prendem minha liberdade, pela minha retidão

Queria embriagar-me em álcool, ervas e teus beijos
Esquecer todos os tormentos que movem a vida
Aproveitar cada um dos meus, dos nossos ensejos
Eliminar qualquer oportunidade de despedida

terça-feira, 25 de junho de 2013

Soneto da Poetisa


Leves sons rompem silêncios, tocam o telhado
Levam a mente à lugares distantes
Virtuoso pensamento molhado
Abre a vista e caminha observante

Nada deve parecer impossível de mudar
Mesmo que em alterações tristes
A vida continua à caminhar
Perdida em flocos de antíteses

Somos ainda tão joviais
Com medo daquilo que nos humaniza,
De nos entregar à atos irracionais

Profundezas inébrias que nos anarquiza
A distância além da distância aumenta a saudade ainda mais
Daquela que me faz dançar, que me poetiza.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Olhando as Estrelas



Caminho olhando as estrelas
Com meus olhos cansados, vidrados
de quem não sabe onde se encontrar
Que não sabe a que estão fadados

O Destino bate à porta levemente
Eu me escondo, não quero abrir
Não quero me prender ao finalismo
Cerceador da minha liberdade de chorar e sorrir

Cuspa no futuro traçado
Sorria feliz e encare sua causalidade
Olhe as estrelas ao caminhar
Enquanto elas ainda tem idade
Para brilhar

Tudo um dia acaba
É o único destino à acreditar
O resto é mistério vivaz
Que espreita em cada passo de tua vida
Que requisita que sejas audaz

E eu caminho olhando estrelas
Imaginando quando seu brilho cessará
Sem saber se hoje ou amanhã
Se, quem sabe, ao fim do dia a luz se apagará

Tudo o que posso é aproveitar
Os momentos finais que não sei quais são
Sem tempo, talvez para reflexão
Apenas para caminhar

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Questionamentos



Quem sou eu?
O que é a vida?
O que é meu?
Aonde estamos?
O que faremos?
Para onde vamos?
Para que vivemos?
O que é importante?
O que é o amor?
Como ser feliz?
Por que sentimos dor?
Isso é o que eu sempre quis?
Quem quer ser um milionário?
E aí, comeu?
Quem matou Odete Roitman?
Bla bla bla?
Bla bla bla bla bla?
Bla?

domingo, 9 de junho de 2013

Futuro do Pretérito


A ampulheta do tempo rodou
E eu fiquei parado, sentado, à espreita
Observando a vida em atitude suspeita

De olhos fechados eu vi o tempo passar
Mas as areias do destino pareciam inertes
Enquanto ilusões me encantavam com seus flertes

A queda não parece ser assim tão divertida
'Inda mais quando se está nela, não assistindo
Mas a flor escarlate desabrochava-se rindo

Minha mente encheu-se de fogo vermelho
Gélido como a mais tenra nevasca que há de cair
Apenas se apaga ao fazer o que nunca fez: desistir

E então a fogueira tênue começou a me aquecer
Em chamas repletas de carinhos e desejos insaciados
E finalmente pode-se dormir um sono há muito atrasado

E acordar com o frescor desconhecido
De uma vida de promessas até então descumpridas
Encontrando a realidade há muito perdida

Em um sorriso sereno daquela que não vê
Que, como sugeriu a raposa, observa com os olhos do coração
E que tudo viu - e sentiu - naquele simples momento de exceção
Ou regra...