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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Lobisomem

Lua cheia
De sexta-feira
Rua escura
Não é segura

Ele vem andando
Sua voz congela o coração
Segue me olhando
De longe e botando pressão

Seus passos são pesados
Sua figura amedrontadora
Criatura sem passado
A minha carne, pra ele, é tentadora

Garras o afiadas
E desespero toma conta de mim
Acabaram-se as piadas
Esse foi meu fim

Aborto

Estrela cai do céu
Se esconde atrás do vel
O Dragão a voar
Cada vez mais alto
Eu vou te alcançar
Com um grande salto

Todas as estrelhas brilham
Mas vejo apenas uma luz
Tão forte que me cegam
E sua lábia me seduz

O tempo passa voando
As horas ficam pra trás
As vozes continuam cantando
A melodia triste
E o sentimento que existe
Já não resiste

Eu não quero mais abrir meus olhos
Não quero mais cantar
Não sinto mais necessidade
Milhões de formas de amar
Uma só pra sentir saudade

É tudo tão disforme
Milhões de história pra contar
Perdidas no tempo que passa
O destino segue com seus nós a passar
Em uma corda que se entrelaça

Será que o gato está vivo ou morto
Você nunca quis saber
O filhote não sobreviveu ao aborto
Agora ele não pode mais viver

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Voo da Fênix

O fogo iluminou A minha visão
Imagens distorcidas na televisão
Tudo irreal e abstrato
Parece que nada existiu
Eu sei que as vezes eu sou chato
Mas foi você quem insistiu
O berço balança lá no quarto
Trazendo o choro de quem já partiu

Eu ando nas ruas
Vejo pessoas morrendo
Em verdades cruas
Eu continuo correndo

Duvido que alguém me alcance
Velocidade máxima
To fora do lance
Com toda essa lástima
Não tenho mais chance

O sistema me enganou
Mentiu para você
É tudo irreal e sem pudor
Um dia irá ver
Quando o sol nascer
A lua terá que desaparecer
As noites se transformam em anos
E eu voo livre, sem fazer planos

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

As rosas não falam - Cartola

Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão enfim

Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim

Queixo-me às rosas, mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti, ai...

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhar os meus sonhos
por fim

Versinho

Neste verso tão pequeno e descomplicado
Eu procuro uma palavra pra falar pra você
O quanto o mundo fica mais belo com você do meu lado
Mas eu me perco e não sei como dizer

Cansado

Eu to cansado de correr
Eu to cansado de você
Já me cansei do poder
E de tudo que a gente pode crer

Eu to cansado de tudo
Eu to cansado do mundo
Vou cavar um poço profundo
Ondeu eu possa me esconder

Eu to cansado de politicagem
Eu to cansado de cuidar da imagem
Eu to to cansado de tanta bobagem
Eu me cansei!

Eu to cansado do mundo
Vou cavar um poço profundo
Eu to cansado do mundo
Preciso me esconder

Ponto Final

A história nos ensinou
Que a mentira virou
verdade, e nada de errado
Pode nos acontecer

Pois o que ficou, ficou
Pra trás e nada mudou
Estamos do mesmo lado
Tentando sobreviver

E todo tempo que passou
Serviu e nos ensinou
A não confiar em ditados
A não confiar em você

E a história que você contou
Foi mais do que pode falar, mas falou
Você falou sobre gente que carrega um grande fardo
E falou sobre gente que se mata pra viver

E a tristeza chegou
Não dá pra segurar
Pois o mundo já acabou
Vim aqui só pr'a te contar
Contei, contou
Voei, Voou
Cheguei, chegou
O nosso tempo terminou
Nesse ponto final
Mas não foi por mal
Eu sei...