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sábado, 25 de junho de 2011

Pelo que você mataria?


Já se fizeram uma pergunta do tipo hoje? Creio que sim, mas a grande maioria dirá que não. Ideias do tipo: “Eu nunca mataria ninguém” ou “Apenas Deus tem o poder sobre a vida e a morte”. Escuto muito essa frase, principalmente em dois assuntos polêmicos até agora: Pesquisas de células-tronco embrionárias e pena de morte.

A maioria esmagadora se prenderia a ideais como os descritos acima, pois são as verdades que prevalecem na sociedade contemporânea. Mas existe uma frase antiga, que a pouco tempo foi revivida pelo jogo virtual Assassins Creed - Brotherhood: “Nada é verdade, tudo é permitido.” É simples comprová-la. Existe alguém que tem todas as opiniões iguais às suas e que vê razão em todos os seus pensamentos? A menos que você se chame Felipe Neto, eu acho que não. Sempre existirá um pontinho aonde sua mente é divergente das demais e as demais divergentes da sua. Ao mesmo tempo, podemos ver nossas próprias ideias sendo modificadas durante o tempo. As vezes o meu “Eu” de hoje pode descordar do meu “Eu” de ontem, o que cria uma das coisas mais belas da humanidade, chamada contradição.

Mas, tendo isto em mente, podemos elucidar, então, que, como nada é uma verdade, tudo seria permitido, até mesmo tirar a vida de alguém. Com isso, iremos passar uma parte primordial da convivência humana, chamada conflito. Algo que é causado por essas ideias divergentes.

Talvez a minha pergunta inicial cause um conflito de ideias. Alguns aceitam matar por isso, outro por aquilo e outros não aceitam matar, por vários motivos. Seria prepotente e ingênuo crer que sua própria ideia sobre isso é a correta. Isso apenas daria a oportunidade para que seu(s) adversário(s) neste conflito possa(m) aceitar a mesma coisa sobre suas próprias ideias.

Falando francamente agora, eu não vejo saída para esse conflito humano de ideias. O que é certo e o que é errado? Muitos dizem sobre aceitação de ideias alheias, mas como ficar passivo perante atos que vão contra tudo que você acredita (no momento)? Bem, nós fazemos isso constantemente para viver em sociedade. Simplesmente amputamos nossa crença para viver em outra inaceitável para nós. Mas outro caso, que tem várias conexões com a minha pergunta inicial, nos leva à outra esfera de ideais. Poderíamos levar nossos ideais reais, enquanto fingimos simplesmente aceitar os ideais impostos pelo poder da sociedade que nos governa, assim como o personagem Dexter Morgan faz nos livros e na série Dexter? E, ainda mais importante, até onde podemos culpa-lo realmente por seus atos?
Dexter Morgan é um personagem criado pelo autor Jeff Lindsey. Dexter tem uma doença mental, causada pelo trauma de ver sua mãe assassinada. Doença a qual o faz não se sentir vivo, não ter emoções e não compreender emoções alheias. O único momento em que ele sente-se vivo é quando ele mata, de preferência, outros humanos iguais a ele, utilizando-se de um alto grau de sadismo. Ele utiliza essa doença para capturar e matar criminosos, que tenham matado outras pessoas inocentes e que não tenham sido punidos pelo frágil sistema de justiça dos humanos “normais”.

Ele simplesmente faz algo que os humanos fizeram ao longo dos últimos 10 mil anos, pelo menos. Utiliza a morte como justiça. Passando pela idade das pedras, idade antiga, idade medieval, idade moderna e, até mesmo, idade contemporânea. A morte ainda é tratada como justiça nos dias de hoje, até mesmo por aqueles que creem na “Santidade da Vida”, pois, creio eu, podemos perceber que várias pessoas que creem na “santidade da vida”, algumas vezes comemoram o fim forçado de certa vida. Foi assim com Adolf Hitler e foi assim com Osama Bin Laden. Essas foram vidas tiradas e, tais mortes, foram amplamente aceitas e apoiadas pelo mundo.

Então, pelo que você mataria?

PS: O nome da porra do blog (que ninguém lê mesmo) é "Poesias e Pensamentos" e to cansado de exercer apenas a parte poesias :P - Relaxa, estou apenas falando(escrevendo) para mim mesmo, já que ninguém vai ler mesmo xD

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