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segunda-feira, 29 de março de 2010

Agora

Agora
Ninguém quer escutar
Tá todo mundo preocupado
Com o que vai ter pro jantar
Ou então
Como o próximo Rock star
Preocupados demais
Com fofocas de quem vai se casar

Agora
Todos querem saber de moda
Do que está nas passarelas e nos out-dors
Ninguém se preocupa com o quanto tá foda
No Iraque ou no afeganistão
Ou com a fome no sertão

Te vejo, garota, preocupada em dançar
Balançar a bunda pra lá e pra cá
E não adianta depois vir reclamar
Quando a pedra rolar

Eu não sei mais o que se passa na cabeça de todo mundo
Olho para o espelho e vejo tudo tão imundo
Mas claro, que ninguém vai reclamar
Todo mundo preocupado em sonhar
Já a realidade? Deixa pra lá...

Pois agora
A rádio tá até a censurar
Políticos continuam a roubar
Sem se preocupar com quem vai ver
Pois vai chegar a copa do mundo
E todo mundo vai se esquecer
Agora...

O circo do palhaço

"Antes de mais nada
Eu quero dizer a todos
Que o circo acabou!"
Assim, o palhaço anunciou

O mágico está tão tristonho
E os animais falantes não falam mais
Pois nosso sonho terminou
E nada mais será como antes
Pois o palhaço morrerá em um instante

Mas tudo bem
Nós iremos sobreviver
Pois somos fortes além de tudo
E não poderemos morrer

Somo imortais que morrem toda hora
Somos fantasmas de carne e osso
Reflexos do que fomos um dia
Antes de irmos embora

Mas se for sair
Por favor apague as luzes
E dê-me a mão, por iremos todos juntos
Pois assim acaba a história
E o palhaço, mais uma vez, perde a memória

sábado, 20 de março de 2010

Me deixe morrer

Me deixe morrer
Não tente me salvar
Me deixe ir embora
Uma hora eu vou mesmo voltar

Eu morro todo o tempo
E todo tempo eu renasço no mesmo lugar
Mas de maneiras diferentes
Não tente me salvar

Talvez seja necessário morrer
E deixar pra trás
Pra continuar a viver
E nunca mais
Deixar a certeza tomar conta do meu ser

A vida não é um jogo de palavras-cruzadas
Talvez seja necessário morrer
Pra depois renascer
Então não tente me salvar
Eu preciso ir
Mas uma hora eu vou mesmo voltar
Mas de maneiras diferentes
Por isso não tente me salvar
E nem fique a me esperar

terça-feira, 16 de março de 2010

Dias e Horas

Tem dias que as horas descansam
Tem dias que a noite se torna difícil
Tem horas que os minutos dançam
Tem horas que o amor se torna um vicio

Todas as falas, Todos os cantos
Cantos de liberdade
Mas lá no fundo, queremos prisão
Por pura vaidade
Do nosso coração

Tem dias que a noite sussurra no ouvido
E canta uma canção pra dormir
Tem horas que a gente se sente perdido
Não encontra prazer pra sorrir

Os dias e as horas passam lentamente
O relativo já não tem mais sentido
Sem você me sinto doente
O coração se encontra partido

Verdade Corrompida

Dificil encontrar
Dificil saber
Dificil de entender

Acreditei em verdades
Que eram puras vaidades
Não passavam de mirangens
Eram só pequenas bobagens

A verdade é um rio
Que corre ao contrário
Fazendo a gente de bobo
Me fazendo de otário

E o equilibrio
Estava errado
E o milagre
Era outro pecado

Desilusões passageiras
De alguém que odeia mentir
Mas a verdade é bobeira
Pra nos iludir

É abstrato
E é tão chato
Eu nem sei mais pra onde olhar
Aonde te procurar

Pra onde eu olho eu vejo
Verdades que pessoas inventam
Pois quem mente primeiro, diz a verdade
Não importa, a perfeição é falsidade
É a sombra da vaidade

Difícil encontrar
Díficil saber
Difícil entender
Mas um dia a gente vai aprender