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domingo, 11 de novembro de 2012

CENA DE HOMICÍDIO



Quem eu sou?
Aonde estou?
Paredes brancas manchadas de sangue
Corpos inertes espalhados ao chão
Apenas manequins
Não falam, não se movem, não pensam
Demônios fantasiados de Serafins
A luz engolida pela escuridão


Quem somos?
Quais são nossos planos?
Ficamos parados, inertes, por tempo demais
O relógio não parou, mas andou pra trás
Bocas fechadas com dentes a mostra
Prontas para morder, me ferir
Eu queria apenas fugir



Mão abertas
Olhos fechados
Os muros da cidade estão acizentados
O nascer do sol também
O silêncio dos inocentes para o regojizo dos culpados
Ecos que vem do além
Corpos inertes, estão todos mortos
As mentes fecharam os portos
Fugimos aos aeroportos
Mas os aviões caem em chamas, destruindo um aranha-céu
Fica a esperança que os mortos se ergam
Mas permanecem intocados seus mausoléus



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