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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Ponta de lança



Poderia simplesmente o prazer alimentar-me?
Poderia o jubilo ser o suficiente?
Poderia eu, um simples miserável levantar-me,
Brandir a espada e seguir em frente?

Os reis caem a cada segundo
Colidem contra hordas de loucos furiosos
A ascensão de um pensamento profundo
Sofrimentos profundos, nada carinhosos

Poderia eu brandir o meu machado?
E correr impetuosamente ao meu destino?
Ou serei apenas um covarde ali parado
Um ponta-de-lança com a fraqueza de um menino?

Os reis caem a todo momento
Assim como as lagrimas escorrem ao rosto
Sorrisos alegres escondem o lamento
O soldado corajoso não abandona seu posto

Mesmo contra hordas de incontáveis selvagens
Mesmo contra dores que ferem profundamente
Mesmo contra poderosas ilusões e miragens
Seu bravio coração continua ardente

E o soldado cai morto ao chão, silencioso
As feridas o massacram novamente
Mas sua alma ascende, abre seus olhos, indecoroso
Sente-se vivo finalmente!

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